Melhores práticas para recuperação de desastres no Windows Server 2016

Olá fãs da Veeam,

Achei que seria bom começar com uma história de um cliente sobre o terrível furacão Harvey que atingiu Houston, Texas, EUA, no final de agosto de 2017. Recebi uma ligação de um amigo, gerente de TI de uma pequena empresa de petróleo e gás, com um escritório remoto em Houston; ele estava em pânico. Essa firma era cliente da Veeam há anos, e eu havia ajudado a configurar a solução de backup e replicação em seu escritório central. Durante a ligação, meu amigo disse que eles haviam instalado alguns servidores remotos no escritório de Houston para operar a aplicação central de ERP (planejamento de recursos corporativos) deles. Todo o resto havia sido migrado para a nuvem, com exceção dessa carga de trabalho específica. Eu achei que tudo ia ficar bem com eles; eu já estava esperando que ele me perguntasse como conferir uma réplica Veeam para garantir que tudo voltasse a ficar online no caso de uma queda de energia.

O que realmente aconteceu nessa chamada é que ele me avisou que devido à crise recente no setor de petróleo e gás, todos os gastos de TI estavam congelados e que eles não tinham adquirido licenças da Veeam adicionais para aquele local. Além disso, eles haviam reduzido a conectividade de Internet para cortar custos e só tinham 3 MB de largura de banda. Os únicos backups que eles tinham também estavam no escritório de Houston, e a energia e os no-breaks do prédio só aguentariam algumas horas. Ele me disse que, em relação às máquinas físicas, tudo ficaria bem, pois eles haviam instalado os servidores a 60 cm do chão.

O que ninguém esperava era que o furacão Harvey trouxesse uma chuva de proporções históricas, quase bíblicas. A precipitação na área deles em Houston foi de mais de 127 cm em menos de 72 horas. A única coisa que meu amigo podia fazer era observar, horrorizado, o escritório dele se alagando. Você deve estar se perguntando por que esse tipo de circunstância ainda ocorre. Sei que é de senso comum ter um ótimo plano de DR para a TI e que devemos sempre nos prepararmos para o pior. A realidade infeliz da situação é que às vezes, uma empresa precisa tomar decisões difíceis para se manter em operação em um momento de crise financeira. Os empresários geralmente recorrem à estratégia de “fazer o que for preciso para se manter em funcionamento” e esperar que nada ruim aconteça. Nesse caso, algo ruim aconteceu. Foi realmente ruim; esse cliente teve de começar de novo com sua solução de ERP na nuvem, perdendo todos os dados históricos.

A melhor escolha para esse cliente teria sido comprar licenças adicionais do Veeam Backup & Replication e integrá-las à estratégia de DR com tarefas de replicação e de cópia de backup. Mas, como profissionais de TI, às vezes ficamos de mãos atadas por causa da gerência executiva e de quem assina os cheques. Em defesa do meu amigo, ele os alertou das consequências e dos cenários possíveis. Eles não deram ouvidos, e veja o que aconteceu. Eles sofreram não só um prejuízo imenso nas propriedades e bens como também uma perda imensa de propriedade intelectual em sua aplicação de ERP.

Mas mesmo nesses casos em que o orçamento está apertado, você pode considerar as duas opções que a Microsoft oferece de graça.

Réplica do Hyper-V

A Réplica do Hyper-V é parte integral da função do Hyper-V. Ela replica de forma assíncrona máquinas virtuais Hyper-V em um site primário para VMs de réplica em um site secundário. A partir do Windows Server 2012 R2, ganhamos um recurso chamado Replicação Estendida. É extremamente útil porque nos permite ter duas cópias de réplica das VMs. Agora pense no cenário acima; poderíamos ter configurado um segundo servidor de host Hyper-V, replicado a VM ali como cópia e então, tê-la replicado para a sede como um destino de backup de DR final. Mesmo que eles tivessem apenas uma conexão de 3 MB e levasse mais tempo para propagar a réplica, isso teria resolvido o problema. Como esse cliente já estava usando o Hyper-V na sede, ele só precisaria de espaço em disco adicional para abrigar as VMs.

A Réplica do Hyper-V também nos permite ter eventos de failover planejado, recursos de failback e todo o necessário para fazer nossa solução básica de DR funcionar.

 

Réplica de Armazenamento

No Windows Server 2016, a Microsoft apresentou um componente novo ao clustering de failover chamado Réplica de Armazenamento. Com isso, poderíamos tomar nossa SAN de destino e replicá-la de forma assíncrona ou síncrona para um destino. Isso foi muito útil para clientes que quiseram usar nossa abordagem Always-On em seu cluster de failover Windows. Com esse recurso, você pode replicar de um Volume Compartilhado Clusterizado (CSV) para outro. Imagine esta situação: um cliente quer configurar uma cópia em tempo real de seus dados entre uma array iSCSI e uma array Fibre Channel diferente. Com a Réplica de Armazenamento, isso é perfeitamente possível.

 

Eu quis escrever sobre esse cenário porque, às vezes, não basta ficar de cabeça baixa e deixar que os negócios ditem o que pode ou não ser feito.  É nossa responsabilidade, como profissionais de TI, fazermos as escolhas certas para as organizações às quais damos suporte. Apenas dizer “eu avisei” quando um cliente perde sua solução de ERP inteira não é aceitável. Se eles tivessem gastado poucos milhares de dólares e feito a coisa certa usando Veeam, teriam economizado centenas de milhares de dólares em tempo de inatividade.

Bem, já temos o bastante para esta postagem de blog, espero que tenha gostado. Como sempre, feliz aprendizado.

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